quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Internet como novo Espaço

 
Ciberespaço: um espaço sem fronteiras Segundo Pierre Levy O ciberespaço pode ser considerado um grande depositário de informações e de produção de conhecimento e um local ilimitado, uma “terra do saber”, “uma nova fronteira” cuja exploração poderá ser, hoje, “a tarefa mais importante da humanidade” (1999, p. 92). Neste contexto de evolução tecnológica, surge a Internet como um novo espaço. Que desde sua criação, ainda na Guerra fria, vem de forma autônoma evoluindo e ampliando o leque de possibilidades de criação de novos espaços para os mais variados segmentos da sociedade com um todo.

A CIBERCULTURA E A PRÁTICA PEDAGÓGICA

O avanço das tecnologias da informática e das telecomunicações tende a mostrar que estamos vivenciando uma nova fase da cibercultura, a qual denominou cibercultura móvel e ubíqua. Esta evolução dos dispositivos móveis, sobretudo a evolução das tecnologias sem fio de acesso ao ciberespaço, tem permitido cada vez mais a uma mobilidade ubíqua, ou seja, contribuindo para a instituição de novas práticas culturais na cibercultura. Tais dispositivos vêm permitindo, o acesso ao ciberespaço por meio de outras estratégias e linguagens.
Com a extinção da web 1.0 e o surgimento da web 2.0 mostra que a cibercultura está cada vez mais avançada, percebendo que a mobilidade ganhou mais destaque por causa da conectividade com o ciberespaço. É através da mobilidade e das conexões generalizadas em rede, que podemos compartilhar e acessar simultaneamente em diversos lugares.  
       O computador por meio do desktop teve seus avanços, mas tornou-se a conexão fator estático diante de uma tela, principalmente da conexão em rede por meio de cabos. Existia uma mobilidade mental, mas sem a mobilidade física, torna-se naquele contexto fator limitante para uma ampla interação. Além da limitação cita, tínhamos também a web 1.0 como fator restritivo as interações entre os usuários. Este último é a base do ciberespaço, tendo em sua base o avanço da unidirecionalidade para interatividade.
Esse desenvolvimento levou ao emissor mudar de papel, fazendo com que a mensagem mude de natureza e por consequência mudando o status do receptor. O receptor tem na mensagem meios para sua colocação, ao qual são esperadas pelo emissor, contribuindo para deixar de ser algo fechado e tornando-se flexível e ativo ao mesmo tempo. Assim, a mensagem tende a ser uma nova de acordo ao receptor, tornando-se base para a construção do conhecimento de forma interativa exercida pelas colaborações.
    As disposições técnicas oferecidas pela web 2.0 favorecem uma maior qualidade em comunicação que contribui a uma educação autêntica, e com isso o educador precisará além da inclusão digital. Este precisará da inclusão cibercultural que se incumbirá de prepará-lo para além do que meramente não subutilizar as potencialidades da web 2.0 e da mobilidade ubíqua, e sim, ser um agente mobilizador e mediador para acontecer a interatividade no processo pedagógico, objetivando o aprendizado de forma dinâmica.
Portanto, para a utilização da inclusão cibercultural, será preciso de uma visão da montagem de conexões em rede que permite uma multiplicidade de recorrências entendidas como liberação do compartilhamento, da colaboração,  da conectividade e da interatividade para potencializar a nossa prática docente. Fazendo isso, estaremos contemplando atitudes cognitivas e pensamentos que estarão juntos com o desenvolvimento do crescimento da web 2.0.