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CIBERCULTURA E A PRÁTICA PEDAGÓGICA
O avanço das tecnologias da
informática e das telecomunicações tende a mostrar que estamos vivenciando uma
nova fase da cibercultura, a qual denominou cibercultura móvel e ubíqua. Esta
evolução dos dispositivos móveis, sobretudo a evolução das tecnologias sem fio
de acesso ao ciberespaço, tem permitido cada vez mais a uma mobilidade ubíqua,
ou seja, contribuindo para a instituição de novas práticas culturais na
cibercultura. Tais dispositivos vêm permitindo, o acesso ao ciberespaço por
meio de outras estratégias e linguagens.
Com a extinção da web 1.0 e
o surgimento da web 2.0 mostra que a cibercultura está cada vez mais avançada,
percebendo que a mobilidade ganhou mais destaque por causa da conectividade com
o ciberespaço. É através da mobilidade e das conexões
generalizadas em rede, que podemos compartilhar e acessar simultaneamente em
diversos lugares.
O
computador por meio do desktop teve seus avanços, mas tornou-se a conexão fator
estático diante de uma tela, principalmente da conexão em rede por meio de
cabos. Existia uma mobilidade mental, mas sem a mobilidade física, torna-se
naquele contexto fator limitante para uma ampla interação. Além da limitação
cita, tínhamos também a web 1.0 como fator restritivo as interações entre os
usuários. Este último é a base do ciberespaço, tendo em sua base o avanço da
unidirecionalidade para interatividade.
Esse desenvolvimento levou
ao emissor mudar de papel, fazendo com que a mensagem mude de natureza e por
consequência mudando o status do receptor. O receptor tem na mensagem meios
para sua colocação, ao qual são esperadas pelo emissor, contribuindo para
deixar de ser algo fechado e tornando-se flexível e ativo ao mesmo tempo.
Assim, a mensagem tende a ser uma nova de acordo ao receptor, tornando-se base
para a construção do conhecimento de forma interativa exercida pelas
colaborações.
As disposições técnicas oferecidas pela web
2.0 favorecem uma maior qualidade em comunicação que contribui a uma educação
autêntica, e com isso o educador precisará além da inclusão digital. Este precisará
da inclusão cibercultural que se incumbirá de prepará-lo para além do que
meramente não subutilizar as potencialidades da web 2.0 e da mobilidade ubíqua,
e sim, ser um agente mobilizador e mediador para acontecer a interatividade no
processo pedagógico, objetivando o aprendizado de forma dinâmica.
Portanto, para a utilização da
inclusão cibercultural, será preciso de uma visão da montagem de conexões em
rede que permite uma multiplicidade de recorrências entendidas como liberação
do compartilhamento, da colaboração, da
conectividade e da interatividade para potencializar a nossa prática docente. Fazendo
isso, estaremos contemplando atitudes cognitivas e pensamentos que estarão
juntos com o desenvolvimento do crescimento da web 2.0.